sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Os vagabundos iluminados

Eu gosto dos mais réles dos mortais
Os bêbados, lunáticos, marginais
Os poetas vagabundos
Que andam pelo submundo
E, no entanto num segundo
Fazem o povo delirar
Que andam livres e soltos pelos becos,
Pelas ruas, pelos guetos
Deixando cheiro de rosas pelo ar
Para eles poesia é tesão
É loucura e paixão
Vivem no mais extremo sufoco
Fazem da vida um grande jogo
E bebem vinho barato e doce
Paras as angústias amenizar
Amo sua poesia e seu cantar
Sua filosofia os faz reinar
Nessa terra de ninguém
Eles não ligam para quem
Seus poemas vão alcançar
Andam com pouco dinheiro
Mas não esquecem do isqueiro
Do cigarro e do cinzeiro
Para sua solidão passar

Nenhum comentário:

Postar um comentário